sexta-feira, 29 de junho de 2012
Compartilhando um interessante exercício:
Marián costuma realizar com os seus alunos da Faculdade de Educação da Universidad Complutense de Madrid, um exercício muito interessante, "o qual é, sem dúvida, não-sexista e a favor de uma luta positiva pela co-educação, e que consiste em realizar desenhos rápidos sobre frases. O objetivo, em princípio, é acelerar o traço e buscar a síntese da figura humana. Pois bem, as frases que vou dizendo são frases neutras, sem sexo, do tipo "enquanto corria em direção ao avião, se lembrou que tinha esquecido os papéis da reunião", "sua figura se assemelhava à natureza", "o ser humano não tem limites", etc. Frases sem sexo, mas com gênero, com um gênero construído há anos, do qual vamos nos desvinculando muito pouco a pouco e que relaciona tudo aquilo que tem importância, na esfera pública, com a ação, com o poder, com o masculino; e tudo aquilo que tem a ver com a infância, com a esfera privada, a ajuda, o passivo e o doméstico, com o feminino (CAO, 2008, p.74-75)
Fonte: CAO, Marián López Fernández. Educar o olhar, conspirar pelo poder: gênero e criação artística. IN: BARBOSA, Ana Mae: AMARAL, Lilian (Orgs.). Interterritorialidade: mídias, contextos e educação. São Paulo: Ed. SENAC, 2008, p. 69–85;
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